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A bonança chega depois da tempestade

Frederico Varandas era “apenas” um médico!

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Depois do ataque a Alcochete, o Sporting passou pelas brasas e teve que lidar com rescisões de jogadores, alguns deles já com relevo na história dos leões (Rui Patrício à cabeça).

No entanto, a vida tem estranhas maneiras de colocar o torto no direito, e depois de um período com Bruno de Carvalho na presidência, em que era tudo uma guerra, não se podia ver vermelho, enterro financeiro, comissões por pagar, contratações feitas ao entulho que nada vieram acrescentar (Jatobá, Bruno Paulista…), apareceu Frederico Varandas, médico ligado ao Sporting que assumiu a presidência depois de Bruno Carvalho ter sido afastado.

Com um primeiro ano (ou dois), a lutar contra o buraco financeiro que BdC deixou, teve também que bater pé contra as claques que ganharam demasiado poder enquanto o participante do Big Brother andou por lá.

Varandas não só mostrou a sua força e resiliência, como com o tempo colocou o clube do Sporting no lugar que tanto aclamavam.

Com um trabalho impecável na reestruturação da academia, colocou as fichas todas na contratação de um treinador que não tem medo de apostar nos jovens jogadores e consequentemente, conseguir atrair os mais jovens promissores a integrar a sua academia, exemplos de Gonçalo Esteves e Diogo Abreu (ex-Porto), José Marsá (ex-Barcelona) ou Etienne Catena (ex-Roma).

Sob a sua presidência, o clube leonino já conseguiu o seguinte:

  • Recuperou o título de campeão nacional que já fugia desde 2001/02
  • Chegou aos quartos-de-final da Liga dos Campeões pela primeira vez
  • Tem a 1ª e 2ª maior venda da história (Bruno Fernandes por 55M e Nuno Mendes por 45M)
  • Passou de deter 60% para 85% do capital da SAD (ajuda de BDC)

Estes são os factos mensuráveis!

Há também a consolidação de um projecto com pés e cabeça, em sintonia com Hugo Viana e Rúben Amorim. Desde que Amorim foi contratado, tem-se visto um acerto muito grande nas contratações (especial incidência no mercado ibérico), vindo só jogadores que servem para colmatar necessidades ou jogadas de antecipação para crescerem na sombra, como por exemplo Ugarte para Palhinha, Vinagre para Nuno Mendes ou Gonçalo Esteves para Pedro Porro.
Além do acerto nas contratações, estão também a acertar no timing das vendas! Isto é algo que passa ao lado do olho comum, mas que é bastante importante no final das contas. No universo leonino, já vimos João Moutinho, Miguel Veloso ou Yannick Djaló a saírem por meio tusto quando podiam ter originado grandes mais-valias financeiras.

E não esquecer os pequenos movimentos: renovou o estádio, melhorou o serviço dos camarotes bem como a wi-fi, trocou a atrocidade das cadeiras às cores para colocar tudo a verde, e como consequência a quotização e merchandising aumentou para níveis nunca antes vistos.

Em jeito de conclusão, fez o que qualquer bom gestor tinha que fazer:

  • Trouxe mais receitas, baixou os custos, investiu onde tinha que investir, trouxe união de volta ao clube, títulos, dignidade e no meio disto tudo, ainda chamou nomes ao presidente do porto e lutou contra as claques

E não esquecer! Frederico Varandas era “apenas” um médico! Podemos dizer que os primeiros anos não foram só rosas é certo, mas também temos que ver que fazer a transição de médico para presidente requer um certo tempo de aprendizagem. E neste sentido, Varandas mostrou que aprendeu, e acima de tudo aprendeu bem!

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