Existem os 3 denominados grandes, e depois há o Boavista que é chamado de 4º grande, o Braga, que efectivamente é o 4º grande hoje em dia, e depois existe a dúvida Vitória de Guimarães.
Um clube com uma enorme capacidade para se tornar o 4º grande, um clube com uma massa adepta de fazer inveja, que está em completa comunhão com o clube, não havendo cá o apoio de 1 grande + clube da terra. Ali são Vitorianos!
No entanto, há duas razões para esse potencial não se conseguir transformar em algo sólido e consolidado.
1) Adeptos: São para o bem e para o mal. Apoiam como nunca, grande massa associativa, destacam-se claramente das demais. No entanto, querem o sucesso para ontem! Com isto, colocam pressão nos jogadores, direcções e não aguentam planos de longo prazo, sendo curioso de verificar o comportamento deles nos próximos 3 anos conhecendo a sua impaciência.
2) Presidentes: Entre tiros nos pés e má gestão, o último presidente, Miguel Pinto Lisboa, teve a cortesia de colocar o clube vimaranense numa grave crise financeira, devido a rendimentos antecipados até 2025.
Dito isto, os próximos 3 anos serão de sobrevivência, sabendo António Miguel Cardoso que não vai entrar qualquer dinheiro externo, inclusive transferências, porque o que irão ganhar será para tapar o buraco financeira herdado.
O primeiro indicador da falta de fundos no clube foi dado por Diogo Boa Alma. O director desportivo que fez um excelente trabalho no Santa Clara, foi trunfo eleitoral na sua campanha, mas deixou o clube após 2 meses, alegando divergências ideológicas e de gestão entre ambas as partes (palavras caras para: não há fundos!)
A solução?
A época de 2012/13 com Rui Vitória, que culminou com a conquista da Taça de Portugal, vai ter que ser copiada. Desenvolver jovens jogadores, destacarem-se e permitirem mais valias financeiras (Ricardo e Tiago Rodrigues como exemplo).
Apostar nas camadas jovens, contratar jogadores que se destacaram na 2ª liga (Alexsandro, do Chaves ou Jota Silva, do Casa Pia, que já é reforço) ou jogadores que não recebam uma grande carga salarial, mas que acima de tudo tenham fome de bola e vontade, características muito apreciadas pelos vimaranenses.
Aliviar a folha salarial é extremamente importante, e entre elementos que nada adicionam, em fim de contrato ou que simplesmente recebem demais para a actual realidade vitoriana vão ter que sair. Jogadores como Bruno Varela (importante encaixe financeiro), Quaresma, Estupiñan, Rafa Soares, Rochinha, Mumim, Alfa Semedo, Rúben Lameiras ou Jorge Fernandes vão ter que enfrentar a porta da saída. Livrarem-se dos 4 miúdos dos sub-23 que recebem mais de 300 mil anuais é imperativo!
Aproveitar as excelentes infra-estruturas bem como a qualidade existente na formação, tem que ser o caminho a seguir. Neste momento, é André Almeida o porta-estandarte, mas já há André Amaro, Handel, Nélson da Luz, Hélder Sá ou Maga na equipa A enquanto Nabian, Bamba, Gui, Dani Silva, Tounkara ou Luís Esteves se encontram à espreita.
Todos nós queremos um campeonato mais competitivo, e para isso, precisamos de um Vitória de Guimarães no lugar que todos lhe reconhecem.