Horta anulou vantagem dada por Morata! Leão desperdiçou as melhores oportunidades

Espanha 1 (Morata,25′) – Portugal 1 (Horta,81′)

Continua o sacrilégio de observar esta selecção com tantas boas opções e jogar como se fossem um grupo de desconhecidos. Fernando Santos surpreendeu com a presença de Ronaldo no banco, bem como com a titularidade Raphael Guerreiro em detrimento de Nuno Mendes, e a verdade é que a diferença esteve na eficácia.

A selecção pressionou alto, obrigou a defesa espanhola a cometer erros na saída de bola no primeiro tempo mas viu o jogo ser resolvido num contra-ataque finalizado por Morata, a aproveitar erro de Cancelo. Portugal, apesar de ter várias oportunidades, nunca conseguiu entrar no jogo e viu a Espanha dominar o meio campo a seu belo prazer, com Busquets a ter muita liberdade e tempo para pautar a partida.

Para combater isso, FS alterou o seu plano de 442 para um 433 com a entrada de Ronaldo e Guedes, duas setas apontadas à baliza mas que não obteve resultados, até que Ricardo Horta, entrou na partida e mostrou o oportunismo que tem demonstrado em Braga.

Na equipa das quinas, Rafael Leão continua a desequilibrar com facilidade, e quando tiver a calma necessária para finalizar, tornar-se-á um caso ainda mais sério! O avançado teve nos pés as melhores oportunidades, mas por uma questão de más recepções ou falta de calma, desperdiçou na cara de Unai Simón. Bruno Fernandes foi uma nulidade (época terrível para o médio), Moutinho viu-se condicionado com um amarelo e saiu ao intervalo, enquanto Otávio no seu papel de híbrido no flanco direito, não teve o efeito esperado.

Cancelo esteve no bom e no mau ao perder a bola para o contra-ataque no golo sofrido ao tentar um toque artístico, mas emendou com a assistência para o golo do empate por Horta, que continua a acumular estatísticas com bastante facilidade.

Já Raphael Guerreiro está na altura de entregar o lugar a Nuno Mendes, e Diogo Costa ainda negou o 2-0 a Soler. As substituições de Guedes e Ronaldo revelaram-se inúteis. Quanto a Danilo, fez uma excelente segunda parte e mostrou-se importante em várias intercepções e desarmes.

Na Espanha, Busquets fez o que quis no meio campo, a pautar o jogo com a sua tranquilidade, Gavi era quem transportava a bola para a frente enquanto Soler desperdiçou duas boas ocasiões de golo. No ataque, Sarabia assistiu mas mostrou-se ansioso na procura do golo, Morata não desperdiçou na cara de Diogo Costa e Ferrán Torres teve pouco relevo na ofensiva espanhola. Unai Simón adiou o empate com uma defesa a Rafael Leão mas não conseguiu evitar o empate de Horta. Já Jordi Alba desperdiçou uma ocasião flagrante em cima do minuto 90.

Quanto à partida, na primeira parte a diferença esteve na eficácia. Rafael Leão começou por mandar por cima já dentro de área, enquanto Morata fez 1-0 na cara de Diogo Costa, num contra-ataque conduzido por Gavi e assistido por Sarabia. Logo de seguida Soler teve uma dupla oportunidade para ampliar, mas viu Diogo Costa negar à primeira, e à segunda o espanhol rematou por cima. Portugal queria a igualdade, e André Silva quase empatava num remate a rasar o poste, antes do intervalo.

Na segunda parte, Portugal teve um ascendente e foi Rafael Leão a desperdiçar a melhor oportunidade na cara de Unai Simón. Mas foi apenas no minuto 81, que Ricardo Horta empatou a partida, a aproveitar assistência de João Cancelo.

Homem do jogo: Gavi

Espanha: Unai Simón; Azpilicueta, Diego Llorente, Pau Torres e Jordi Alba; Soler, Busquets e Gavi; Ferrán Torres, Morata e Sarabia

Portugal: Diogo Costa; Cancelo, Danilo, Pepe e Raphael Guerreiro; B. Silva, Moutinho e B. Fernandes; Leão, Otávio e André Silva